quinta-feira, junho 29, 2006

Para alguém

"Não vou viver
como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas
no caminho onde eu vou
Às vezes ando só
trocando os passos com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me preocupar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
...É, mas eu tenho muita coisa para arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas
talvez você nem queira ouvir"

(Ana Carolina)

domingo, junho 25, 2006

Goro Sam

Este era o seu nome quando chegou. Era pequeno. Lindo. Um ursinho todo branco. Logo de cara já deu trabalho. Dias no veterinário por causa de uma vacina mal dada. E por conta do trabalhão dado, virou Sarnão. Eu não queria este nome. E por isso o chamava de Nanão... Era um verdadeiro amigo. No início, nosso filho. Teve várias doenças - entre elas a cinomose - que foi curada com muito cuidado e atenção. Mas desta vez... como disse minha mãe: o Chiquinho o queria ali, ao seu lado. E lá se foi ele, para o céu dos cachorros... (será que existe um céu para cada espécie? Ou é como aqui, onde todo mundo entra e vive?) Eu prefiro pensar que ele está correndo ao lado da Sacha, sua namoradinha... ou namoradona - já que se tratava de Fila... Mas enfim, me pegou de surpresa. Perdê-lo, doeu. E muito. Ainda é estranho pensar que ele não está aqui em casa. Era um cachorro maravilhoso. Limpo, não latia, brincava bastante e nos adorava. Muitas vezes, quando o chamava, ele vinha correndo, meio que pulando... de felicidade!! Como se contentava com pouco. Um carinho na cabeça - atrás da orelha, e pronto. Já bastava.
Quando meu filho nasceu - queria ficar perto e muitas vezes, dormia debaixo do berço dele. Quando eu estava grávida, foi um grande companheiro. Chegou a dormir comigo - com medo dos fogos de artifício no mês de São João... e eu com medo de ficar sozinha. Fazia parte da minha vida - apesar de muitos dias eu nem dar bola para ele. A vida, o corre corre nos consome tanto... que a gente nem percebe que muitas coisas podem ser diferentes. E daí, quando perdemos. Nossa, o mundo desaba na cabeça. O coração fica tão pequenininho que dói demais. Ainda vou ficar com esta dor no peito por um tempo... e só ele - mais nada pode amenizar. Dor de não ter aproveitado mais. Dor de vê-lo sofrer. Dor de tê-lo perdido. Ele se foi... e com o Nanão, foi um pedaço do meu coração. Que vai estar mais duro daqui em diante. Mas só pelo medo de sofrer...

E por esta dor, que me lembro do filme "A Sociedade dos Poetas Mortos", que pregava o Carpe Diem. Carpe Diem quer dizer "colha o dia". Como se fosse um fruto maduro que amanhã está podre. Ter que ser saboreado, consumido aqui e agora. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.

Lembre-se disso a todo segundo.

quarta-feira, junho 14, 2006

O tamanho das pessoas

"Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando surpreende, quando se coloca no lugardo outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho e um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...
É a sua sensibilidade sem tamanho..."

segunda-feira, junho 12, 2006

Chico Xavier

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"

sexta-feira, junho 09, 2006

Frase do Dia

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos..."

Saint-exupèry está certo...

Mas se bem que olhar o Fabio Cannavaro, jogador italiano, dá calafrios...

sábado, junho 03, 2006

Apertem os cintos... o piloto...

está nocauteado!!
É assim que sinto a situação econômica atual. O último ano foi bom. Até demais. Sem preocupações financeiras. Apenas com o que gastar. Mas a vida boa passou. O bom é que continuo com os mesmos ganhos... mas os custos: ai! Aumentaram. Tudo por uma boa razão: um patrimônio na praia. muito bem! Será que o futuro está garantido? Claro que não. Mas a fé continua inabalável.
A tempestade veio. E claro, que sem avisar. Tudo bem. Há de passar... mas a realidade é que tudo a minha volta mudou. A família, as pessoas, o trabalho. Não está melhor nem pior. Sinto falta de muita coisa que passou. E dou graças à Deus por outras terem ido... Mas enfim, nada é como era antes. Se há dez anos tivessem me falado que ia ser assim, eu tinha tido que era mentira. Mas o nosso caminho, a gente que escolhe? Sim e não. Tem coisas que acontecem em nossa volta que não fazem parte de nossas decisões. Outras sim. A verdade é que agora bate um sentimento de: como vai ser a minha vida pós 50 anos? Bem, considerando que logo logo vou fazer 32... é uma boa preocupação. Afinal, tenho que plantar agora para colher mais tarde. E espero que meu caminho continue cheio de luz. Não que eu mereça. Não sou nenhuma santa. Mas tenho consciência de que sou boazinha. Mereço um lugar ao sol.
Agora, tenho que convencer à todos - e principalmente à mim mesma - que é hora de apertar os cintos!!!

terça-feira, maio 30, 2006

Como uma boa paulista

Ela saiu de casa na hora exata. Nem um minuto adiantada ou atrasada. Pegou o carro e foi em direção ao metrô. Deixou no estacionamento. Pôs a mochila com lep top nas costas e seguiu o caminho. Esperou pouco pelo trem. Entrou e sentou num banco - sozinha. Como é ponto final ou de saída, tem poucas pessoas ali. São seis estações até chegar no local. Colocou o ipod nos ouvidos e escolheu uma música: Alegria, do disco de Cirque Du Soleil. É uma música com ritmo, gostosa de ouvir - que passa boa energia. A vibração tomou conta de seu corpo e mente. E foi trabalhar feliz da vida. Caminhou um quarteirão na Avenida Paulista - com os olhos arregalados. Curiosa em ver o mundo. A sensação de liberdade é indescritível.
Tudo seria normal - se ela não fosse EU.

segunda-feira, maio 29, 2006

Morte

Eu não sei lidar com perdas. Principalmente de gente. É muito difícil aceitar que algum ser-humano pode - de repente - de uma hora para outra, puf! Perder a vida. É golpe baixo. Uma dor que arrasa o peito. Parece que nunca vai acabar. Ainda bem que existe o tempo. Com o passar dele, as coisas passam... amenizam. Não desaparecem. Pois tem coisa que fica grudado na gente - como cicatriz.
E tem gente que trata a vida como coisa qualquer - sem valia. Estar vivo é um tesouro. Felicidade é estar vivo. Não sei o que se passa do lado de lá. Tenho medo de saber. Mas gostaria que fosse um lugar bom, com tranquilidade, paz e muito amor. Porque tem gente que não deveria morrer - e está lá.

sexta-feira, abril 14, 2006

Débora e Paula

Nada contra quem entrou na minha vida recentemente. Mas cultivar amizades da infância é fundamental. A explicação é fácil. Amizades que começam quando ainda éramos crianças – tem uma emoção especial. Emoção que mistura ternura, carinho e preocupação. Não tem fingimento ou desleixo. Porque amizades sinceras e verdadeiras são assim: inteiras. E são inteiras, porque mesmo dando apenas um pedacinho de você, o outro sente o todo. É mágico – pelo menos parece ser. E o tempo... há... o tempo não é nenhum obstáculo. Assim como a distância. Os corações estão ligados. As almas se comunicam. Amizades assim não precisam de palavras – ás vezes apenas os olhares falam por si. Ou mesmo os pensamentos. E só sabe quem tem. O respeito pelas qualidades e a aceitação dos defeitos são tão voluntários – que não é preciso exigir nada. É um amor tão grande, tão grande... que, mesmo as decepções se transformam em bem-querer. Ter vocês perto de mim ou pelo menos saber que vocês existem – já faz com que a vida valha a pena. Espero que sempre – vocês tenham em mim – o que é de vocês. Meu coração, minha alma, minha vida. E meu amor eterno. Obrigada por serem MINHAS AMIGAS!!

quinta-feira, março 23, 2006

Aventuras em Ilha Bela

Passei um final de semana maravilhoso em Ilha Bela, com maridão e filhote. O sol, protagonista, estava lindo! O mar, outro protagonista, estava belíssimo - e com visibilidade perfeita para mergulhar. No sábado, fomos na Praia Grande - e fui de caiaque com pequeno até a ilhinha que fica ali perto... o pai foi nadando. Foi muito gostoso. No caminho, ele me pergunta se o papai pode pegar o Bob Esponja e o Patrick - lá no fundo do mar. Eu digo que não é fácil, mas que o papai vai tentar. Quando chegamos lá perto da ilha, o maridão apareceu com pepino do mar, ouriço, conhas diversas e uma esponja! E o pequeno adorou ver o Bob Esponja - mesmo sem as calças quadradas! E ficou faltando o Patrick... e nada do papai trazer uma estrela do mar. Na minha vez de mergulhar, fiz de tudo - fucei todos os lugares para achar. De repente lá estava ela. Linda, vermelha, enorme há uns 6 metros. Tomei fôlego e fui. Na euforia, foi difícil compensar o ouvido - mas fui de qualquer jeito. Peguei o tão desejado Patrick. Só de ver os olhos brilhando do pequeno... valeu! Ele ficou encantando! Depois de admirar bastante - voltei a deixar a estrela onde peguei. Se ela soubesse o quanto fez uma criança feliz...

Aproveitamos o nosso passeio para bisbilhotar alguns terrenos por lá. Nosso sonho é morar na Ilha. É um lugar encontado, cheio de charme. Encontramos muitos - nada que tivesse ao alcance de nossos bolsos. Mas não vamos desistir.

terça-feira, março 14, 2006

Ser mulher

Ser mulher não é fácil. É preciso paciência, dedicação, paciência, amor, paciência, bom-humor, paciência, tesão, paciência, entender de matemática... já falei paciência? hehe... Mas a verdade é que lutamos por direitos iguais. E conquistamos. Hoje, uma mulher pode ser uma empresária muito bem sucedida, ganhar mais que o marido, ser um exemplo a ser seguido e até presidente! Já temos duas: no Chile e na Libéria. Mas por trás de glamour e poder, existem outras facetas. Para ser mulher, é preciso dosar várias em uma única! A dona de casa, a mulher, a amante, a mãe, a filha, a irmã, a amiga, a patroa, a empregada... todas que existem dentro de nós. E por isso não é fácil. Não desmereço os homens. Sei que eles tem mil e um deveres e tarefas. Mas acho que para nós, sobrecarrega. Temos que pensar em tudo! O mundo - e o marido, é claro, nos cobra magreza e beleza. Portanto temos que fechar a boca e malhar! E se quisermos abrir a boca um pouco a mais do que o normal, para equilibrar, temos que malhar mais e mais. Temos que trabalhar o dia todo e á noite, estar bela, cheirosa e disposta para uma noite recheada de amor e sexo. Temos que pensar no almoço e no jantar, nas compras do mês, nas compras semanais... no botão que caiu da camisa, na calça do filho que rasgou na escola, no ferro de passar que quebrou, na máquina de lavar que insiste em fazer barulhos estranhos... na roupa que temos que vestir para aquele jantar com amigos - do marido - e por isso, temos que estar impecáveis. Em marcare pagar (!) a pousada pro fim de semana. Em ajudar a mãe, pai, o avô, a avó... de ligar para tia, de lembrar de mandar lembranças para os afilhados... de pensar em orçamentos, de agradar clientes, prospectar novos, fazer exames ginecológicos... deixar dinheiro para o sacolão... enfim... são tantas as nossas tarefas do dia-a-dia que precisaria de mil páginas para poder descrever tudo! Mas apesar de tantas responsabilidades e de muitas vezes ficar enlouquecida com tudo (e de até ter vontade de mandar tudo e todos para aquele lugar) - eu amo ser MULHER! Só nos sabemos o quanto é bom ficar grávida, parir, amamentar (para mim foi a coisa mais linda que já fiz! E a mais prazerosa). Também é bom ter sorte. De ser amada e admirada pelo companheiro que escolheu para toda vida. De ter pelo menos uma amiga em que possa dividir tudo. Não troco estas sensações por nada. Por que é por elas que fico muitas vezes maluca, mas outras tantas: FELIZ! Fácil não é. E nem quero que seja. Gosto dos desafios. E quando os supero, me sinto supermegahiperblaster PODEROSA!
Márcia Oustuka Moreno Placa, Márcia Placa, Márcia Moreno, Filhota, Nega, Má, Lontra, Gôh, Dona Márcia, Márcia, Marcinha, Princesa, Mãe, Mamãe, Mamãezinha... enfim.... estas todas se unem em mim!! Prazer...

sábado, março 11, 2006

Nuvem Negra

" Há sempre algo de ausente que me atormenta" (Camille Claudel) Isso é verdade. Eu busco algo que não sei o que é. Alguns dias, o vazio se preenche. Em outros, parece um abismo. Sem motivo aparente, ele aparece e toma conta do meu ser. Sinto vontade de chorar, mas não faço. Quero fugir, mas não tenho para onde ir. Tenho muitos ao meu redor e mesmo assim me sinto só. Porque teimo em não ser feliz? O que falta? O que atormenta? Para todas as perguntas, ainda não tenho resposta. Mas estou em busca delas. Isso já me faz bem. Tento, enquanto isso, parar meus pensamentos. Não os do cotidiano - mas aqueles que me levam para um lugar escuro e frio. Preciso de colo. Calor. Não só de sexo. Não só de comida. Preciso de mim.


"Não adianta me ver sorrir espelho meu
meu riso é seu, eu estou ilhada
hoje não ligo a tv nem mesmo pra ver o jô
não vou sair, se ligarem não estou
À manhã que vem nem bom dia eu vou dar
se chegar alguém a me pedir um favor
eu não sei
tá difícil ser eu sem reclamar de tudo
Passa nuvem negra, larga o dia
e vê se leva o mal que me arrasou
pra que não faça sofrer mais ninguém
esse amor que é raro, e é preciso pra nos levantar
me derrubou(não sabe parar de crescer e doer)."
(Djavan)

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Fifth Season

Faz tempo que não passo por aqui. Posso argumentar que ando sem tempo... mas quando a gente quer realmente alguma coisa, dá-se um jeito, né? Bem, então não vou inventar desculpa alguma. Fiquei ausente pois quis que fosse assim.

Mas, enfim... Hoje me deu vontade de escrever. O meu carnaval foi parado. Em casa. Não fiz absolutamente nada de extraordinário. Como não posso correr - afinal estou com joelho estourado - também não fiz nenhum esporte. Mas foi bom - MUITO bom. Fiquei em casa, curtindo o lar, visitei parentes em Sorocaba, fui ver mamãe, titia e irmão, cuidei do filhote, namorei e finalmente... terminei de ver a quinta temporada do Dawsons´s Creek. E por conta disso, chorei e ri bastante. Eu adoro esta série. E nesta temporada tem o melhor episódio: quando a Joey é assaltada em Boston. Só vendo para saber e sentir... E pensar que a atriz que interpreta a doce e meiga Joey - Katie Holmes - é hoje a mulher do Tom Cruise. Isso pode não significar nada para muita gente - mas para mim é uma mistura de sentimentos... não vou explicar nada, não. Só quero deixar registrado aqui um diálogo. Entre a Joey e o professor de literatura dela (um gato, por sinal - em quem ela dá uns beijinhos...)

Ele: Dois amigos podem se lembrar de algo que nunca lhes aconteceu.
Ela: Como se lembrar de algo que nunca aconteceu?
Ele: Com carinho... Flaubert dizia que a expectativa era a forma mais pura do prazer. E a mais confiável... Enquanto as coisas que ocorrem nos decepcionam, as coisas que não ocorrem nunca desaparecem. Sempre ficam em nossos corações - como um tipo de doce tristeza.

BINGO!
É isso, meu coração guarda muitas doces tristezas. Mas não estou reclamando não. Fiz as escolhas certas. E é bom lembrar do que poderia ter sido... me faz bem.

Não tentem entender... compreender já é razoável.

domingo, janeiro 01, 2006

2 0 0 6

Este começo de ano foi diferente. Não prometi nada. Nem emagrecer, nem malhar mais, nem começar algum curso, nem me dedicar mais a algo ou à alguém. O meu único pensamento é deixar a vida me levar. Se tudo continuar como está - já está ótimo.
O que não mudou é a minha cabeça. Claro, nem poderia. De um ano para o outro não se muda. Pode-se mudar com os anos... mas continuo com os pensamentos em turbilhão. Mil e uma coisas ao mesmo tempo. E isso tentarei amenizar com os dias, com o tempo... não é uma promessa. Será apenas uma tentativa.
Quem 2 0 0 6 aconteça!

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Hopi Hari e outros

O dia da briga foi realmente silencioso. Mas de noite - foi quebrado. Eu tinha uma tática: colocar uma roupa sexy para dormir. Dito e feito. Ele chegou quieto - não falou nada. Indiretamente pediu o jantar e pronto. Fui tomar banho e desci para dar boa noite ao pequeno com uma calcinha rosa choque - que parece um shorts - mas é pequena. Hummm... foi só me ver que tudo passou. E eu me fiz de difícil... mas é claro que não resisti aos encantos.
Fizemos as pazes. :-))
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Bem, vou falar do dia de ontem. Fui com a cunhada, pequeno e Gabi (filha da Gloritcha - que trabalha para mim) no Hopi Hari. Foi bem divertido! As crianças brincaram muiiiito! E eu fiquei feliz por ter proporcionado bons momentos a eles. Foi bom também conhecer a minha cunhadinha melhor. Batemos bons papos. Ela é uma pessoa doce, tranquila. Estou cada dia mais fã dela. Meu irmão acertou! u tinha uma imagem boa do parque - mas fiquei surpresa. É bem melhor do que eu imaginava... bem organizado, limpo e muito bonito! O pequeno gostou - mas tenho certeza que quando for maiorzinho, vai curtir bem mais.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Caiu a ficha!

Hoje eu realmente senti que estou de volta. Acho que nos dias anteriores eu estava ainda me acostumando com a volta- com a rotina. Mas hoje, depois de uma pequena discussão com maridão - a realidade voltou. Não é bom voltar ao mundo por causa de uma briga - mas é bom para parar e pensar na vida. Bem, para ser bem sincera - hoje não acordei muito boa. Um resfriado está me pegando. Já tomei providências e espero que fique boa rápido. Mas logo de manhã - o maridão já ficou brigando com o pequeno - que estava faznedo manha porque queria tomar mamazinho. Acho que ele tem razão - o nosso filho é muito manhoso - mas brigar com o pequeno logo quando ele acorda? Não dava para esperar um pouco? Claro que o pequeno veio correndo para mim - mas eu estava começando a gravar minha locução. Tive que dar uma pequena bronca para ele ficar quieto - pois tenho horário para entregar o boletim. E quando chego na sala, o outro já vem falando que eu estou mimando o pequeno. Ai, logo cedo, cobranças, brigas? Fiquei chateada. E saiu, nem olhou na minha cara. Eu, idiota, fui atrás. E ele saiu com o carro - sem me dar a chance de dizer nada. E assim estamos: em silêncio. Acho que de noite faremos as pazes. Tenho certeza. De qualquer forma, já aluguei alguns filmes - para assim, ficar quieta, no meu canto. Não estou para muita conversa. Mas tentarei aprender a contar até 10. nestas situações. Mas desta vez, não vou dar o braço a torcer. Ele que venha falar comigo - já que fui e tomei um balde de água gelada na cabeça. Só espero que esta situação ridícula não fique assim muito tempo... me faz mal. Muito mal.
Bem, mesmo assim, o dia foi positivo. Fui comprar o último presente do amigo secreto com o pequeno e aproveitamos para passear no Shopping Morumbi - que está com uma decoração linda de Natal. Esta semana estou me dedicando ao meu filho. Ontem fui assistir o desenho da Xuxinha no cinema. Ele amou o filme. Saiu de lá falando que ama a Xuxinha... Eu para ser sincera, dormi no filme - bem na hora em que a Xuxinha e o Guto vencem os Monstros do Espaço... É, realmente, para adultos, o filme é um pouco chato. Mas vale a pena pelo sorriso das crianças... Vou ver se hoje durmo cedo e bem pois amanhã o dia promete! Vamos ao Hopi Hari!

domingo, dezembro 25, 2005

De volta

Depois de mais de um mês sem postar nada por aqui, estou de volta. Não foi por falta de vontade de escrever e nem por falta de assunto que fiquei ausente. Mas por conta do stress de fim de ano. Estava atolada de trabalho e ao mesmo tempo preparando a minha viagem com a família. Estava muito ansiosa em viajar com maridão e o filhote. Desde que o pequeno nasceu - há 3 anos - a gente não ficava tanto tempo junto, grudado... foram 17 dias, 24 horas no ar! E o saldo foi muito positivo. Fiquei muito feliz de ver que estamos bem unidos. Foi uma viagem maravilhosa - não só pelos belos lugarem que passamos - mas por ter proporcionado belos momentos entre nós. Fomos de carro - pelo litoral - até a Bahia. Paramos em várias praias e locais maravilhosos. Mas enfim, eu escrevi um diário da viagem - que em momento oportuno, transcrevo aqui.
Hoje assisti um filme bobo - "Em Boa Companhia" - com Denis Quaid - que por sinal está bem velhinho no filme - mas ainda bem bonitão. A imagem final do filme me marcou. Um homem correndo ao ar livre. Bem, pode parecer ridículo achar esta imagem marcante. Mas é que me fez perceber que muitas vezes eu fico doida, apavorada com trabalhos, reuniões, negociações - que fico enclausurada entre 4 paredes e esqueço do mundo maravilhoso que está do lado de fora. Confesso que mesmo durante a viagem eu estava pensando em trabalho, contas para pagar, nas férias da babá do pequeno, na minha casa. Enfim, a minha cabeça roda, roda e não descansa. Fica a mil por hora. Será que eu não consigo perceber que tudo tem seu tempo? Agora, por exemplo, estou doida para chegar maio - para acabar a competição e eu me livrar deste trabalho. Mas enfim, será que vou mesmo me livrar? Não vou ficar tentada a continuar nisso se me oferecerem uma boa grana - como agora? Bem, eu digo que não, que quero apenas continuar a fazer a locução para Ansa, me dedicar a casa, a famiília... Isso é agora, mas e daqui a 4 , 5 meses - será que terei esta mesma opinião?

Bem, não adianta também ficar pensando nisso, né? Vou deixar as coisas rolarem. Neste última semana do ano de 2005 - vou tentar relaxar mais um pouco e aproveitar muito tempo com meu filhote. Amanhã mesmo vou levá-lo ao cinema. Ele está doido para ver o filme da Xuxinha. Sei que não deve ser grande coisa - mas só de ficar ao lado dele, curtindo cada instante, já vale a pena. Marcamos também de ir ao Hopi Hari. Tomara que seja uma ótima semana.
:-))
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Hoje, dia de Natal, eu e meus irmãos fomos a casa da minha vó - em Mogi das Cruzes para cumprimentá-los. Ficamos pouco tempo. Foi bom. Mas eu sempre saio de lá pesada. O clima nunca é dos melhores. E ver meu vô - deitado na cama, magro, doente... chego a conclusão que isso não é viver. E sim sobreviver. Será que é isso que merece uma pessoa que já fez tantas coisas boas, trabalhou muito, formou família? Fico em dúvida. Acho que para ele deve ser penoso demais. Depender dos outros para comer, tomar banho, usar fraldas... ai. Deve ser ruim demais. Peço a Deus que ilumine a vida dele e que de alguma forma, diminua o sofrimento.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Passou...

e eu nem vi. Acabo de entrar no site da São Silvestre e... vi que as inscrições para edição deste ano estão encerradas. Estou passada. Um ano inteito pensando nisso, treinando... me acostumando com a possibilidade... e... nada! Bem, eu sei que fui negligente de procurar só agora me inscrever. Hoje mesmo na academia tinham me dito que hoje era o último dia! Eu não sabia que era tão rápido! e não vi nenhuma, nenhuma propaganda a respeito... nem outdoor...nada.
Bem, estou me sentido péssima.
Apesar de achar que eu ia penar - pois tenho corrido pouco... o prazo passou e eu nem vi. Nem sabia de nada. Igual marido traído. O último a saber. Me resta tentar ir sem inscrição... ou tentar no próximo ano.
Mas vou pensar nisso depois.
Ainda estou sob o efeito surpresa. E confusa. Me sentindo mal... como pude deixar passar?
tsc tsc

por esta não esperava...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Quase

Estou ausente daqui. Mas não é só daqui. Estou ausente de muitas outras coisas que amo - como ficar mais com meu filhote, dar atenção aos amigos e à família e correr! O trabalho me consome. Na verdade, a minha cabeça me deixa ocupada... E tempo livre é dedicado aos treinos na academia. Final de ano é assim mesmo...

Segue texto para reflexão...

"Ainda pior que a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me intristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escapam pelos dedos, nas chances que se perde por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa mania maldita de viver o outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna, ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta de coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-iris seria em tons cinza. Não que a fé mova montanhas, nem todas as estrelas estão ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. O medo não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Pros erros há perdão; pros fracassos há chance; pros amores impossíveis tempo. De nada adianta cercar um coração vaziom ou economizar a alma. Um romance cujo o fim é instantâneo e indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode e que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais tempo realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, outubro 11, 2005

Violência

Ontem à noite aconteceu algo muito chato e temido. Minha cunhada e um colega dela foram assaltados em frente a Vila onde moro. Eu tinha ido ao shopping com o pequeno para comprar alguns presentes de Dia das Crianças. Quando estava saindo do shopping, minha cunhada me liga dizendo que estava na rua de minha casa. Preocupada com ela, sai a milhão - o shopping fica pertinho da minha casa. Em menos de 3 minutos eu estava na minha rua. Foi quando eu vi uma cena estranha, quatro homens entrando dentro de um carro, minha cunhada na rua desesperada e um outro homem ao lado dela. A minha primeira reação foi não deixar ninguém entrar no meu carro - já que não sabia quem era o tal homem. Foi quando ela falou que era amigo dela, então abri a porta do carro. Eles pediram para que eu seguisse o carro roubado... Maluca e nervosa, eu fui. Na Ricardo Jafet, eu gritei para um posto de policial - mas ninguém me atendeu. O amigo da minha cunhada pegou meu celular e ligou para o 190 - dizendo que estávamos perseguindo os ladrões na Avenida e pediu para que um carro da polícia viesse atrás. Eu estava compenetrada seguindo o carro. Acho que eles notaram, pois começaram a fazer algumas manobras estranhas. Mesmo assim eu fui atrás. A nossa esperança é que um carro de polícia estivesse por ali e tomasse conta da perseguição. Quando chegamos na Rodovia dos Imigrantes, já perto de Diadema, o carro entrou numa rua que cai em uma favela. Ali, desisti. Como estava com meu filhote, não quis arriscar. Logo depois, encontramos um carro da polícia rodoviária. Ficamos um tempo esperando os policiais chegarem e fomos ao DP. No fim das contas, acho até que eles tiveram sorte. Não fizeram nada com eles e não os levaram. Ela perdeu a bolsa, com cartões, cheque, dinheiro (ela ia viajar hoje e carregava R$2.400), maquiagem... O amigo perdeu o carro com tudo dentro. E nós, estamos muito preocupados. Nesta hora mil coisas passam pela nossa cabeça - se eu tivesse chegado um minuto antes, poderia ter sido pega junto. Se ela não tivesse ali, poderia ter sido comigo. Mas graças à Deus, meu santo é forte. Agora vamos procurar saber com os vizinhos se eles gostariam de contratar um guarda para colocar na rua. Pelo menos, a presença dele vai inibir ações como esta. Há uma semana atrás eu pensava em votar sim no referendo. Em alguns momentos eu chegava a ficar com dúvida. Agora, voto NÃO. Os bandidos sempre, sempre estarão armados. E não posso tirar o direito de alguém que quer se defender. Eu não tenho coragem de ter armas e nunca terei. Mas se alguém quiser, que tenha. E se defenda. Já que quem tem que nos proteger, não o faz.