quinta-feira, junho 29, 2006

Para alguém

"Não vou viver
como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas
no caminho onde eu vou
Às vezes ando só
trocando os passos com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me preocupar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
...É, mas eu tenho muita coisa para arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas
talvez você nem queira ouvir"

(Ana Carolina)

domingo, junho 25, 2006

Goro Sam

Este era o seu nome quando chegou. Era pequeno. Lindo. Um ursinho todo branco. Logo de cara já deu trabalho. Dias no veterinário por causa de uma vacina mal dada. E por conta do trabalhão dado, virou Sarnão. Eu não queria este nome. E por isso o chamava de Nanão... Era um verdadeiro amigo. No início, nosso filho. Teve várias doenças - entre elas a cinomose - que foi curada com muito cuidado e atenção. Mas desta vez... como disse minha mãe: o Chiquinho o queria ali, ao seu lado. E lá se foi ele, para o céu dos cachorros... (será que existe um céu para cada espécie? Ou é como aqui, onde todo mundo entra e vive?) Eu prefiro pensar que ele está correndo ao lado da Sacha, sua namoradinha... ou namoradona - já que se tratava de Fila... Mas enfim, me pegou de surpresa. Perdê-lo, doeu. E muito. Ainda é estranho pensar que ele não está aqui em casa. Era um cachorro maravilhoso. Limpo, não latia, brincava bastante e nos adorava. Muitas vezes, quando o chamava, ele vinha correndo, meio que pulando... de felicidade!! Como se contentava com pouco. Um carinho na cabeça - atrás da orelha, e pronto. Já bastava.
Quando meu filho nasceu - queria ficar perto e muitas vezes, dormia debaixo do berço dele. Quando eu estava grávida, foi um grande companheiro. Chegou a dormir comigo - com medo dos fogos de artifício no mês de São João... e eu com medo de ficar sozinha. Fazia parte da minha vida - apesar de muitos dias eu nem dar bola para ele. A vida, o corre corre nos consome tanto... que a gente nem percebe que muitas coisas podem ser diferentes. E daí, quando perdemos. Nossa, o mundo desaba na cabeça. O coração fica tão pequenininho que dói demais. Ainda vou ficar com esta dor no peito por um tempo... e só ele - mais nada pode amenizar. Dor de não ter aproveitado mais. Dor de vê-lo sofrer. Dor de tê-lo perdido. Ele se foi... e com o Nanão, foi um pedaço do meu coração. Que vai estar mais duro daqui em diante. Mas só pelo medo de sofrer...

E por esta dor, que me lembro do filme "A Sociedade dos Poetas Mortos", que pregava o Carpe Diem. Carpe Diem quer dizer "colha o dia". Como se fosse um fruto maduro que amanhã está podre. Ter que ser saboreado, consumido aqui e agora. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.

Lembre-se disso a todo segundo.

quarta-feira, junho 14, 2006

O tamanho das pessoas

"Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: A amizade, o respeito, o carinho, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando surpreende, quando se coloca no lugardo outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho e um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...
É a sua sensibilidade sem tamanho..."

segunda-feira, junho 12, 2006

Chico Xavier

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"

sexta-feira, junho 09, 2006

Frase do Dia

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos..."

Saint-exupèry está certo...

Mas se bem que olhar o Fabio Cannavaro, jogador italiano, dá calafrios...

sábado, junho 03, 2006

Apertem os cintos... o piloto...

está nocauteado!!
É assim que sinto a situação econômica atual. O último ano foi bom. Até demais. Sem preocupações financeiras. Apenas com o que gastar. Mas a vida boa passou. O bom é que continuo com os mesmos ganhos... mas os custos: ai! Aumentaram. Tudo por uma boa razão: um patrimônio na praia. muito bem! Será que o futuro está garantido? Claro que não. Mas a fé continua inabalável.
A tempestade veio. E claro, que sem avisar. Tudo bem. Há de passar... mas a realidade é que tudo a minha volta mudou. A família, as pessoas, o trabalho. Não está melhor nem pior. Sinto falta de muita coisa que passou. E dou graças à Deus por outras terem ido... Mas enfim, nada é como era antes. Se há dez anos tivessem me falado que ia ser assim, eu tinha tido que era mentira. Mas o nosso caminho, a gente que escolhe? Sim e não. Tem coisas que acontecem em nossa volta que não fazem parte de nossas decisões. Outras sim. A verdade é que agora bate um sentimento de: como vai ser a minha vida pós 50 anos? Bem, considerando que logo logo vou fazer 32... é uma boa preocupação. Afinal, tenho que plantar agora para colher mais tarde. E espero que meu caminho continue cheio de luz. Não que eu mereça. Não sou nenhuma santa. Mas tenho consciência de que sou boazinha. Mereço um lugar ao sol.
Agora, tenho que convencer à todos - e principalmente à mim mesma - que é hora de apertar os cintos!!!