sexta-feira, novembro 18, 2005

Passou...

e eu nem vi. Acabo de entrar no site da São Silvestre e... vi que as inscrições para edição deste ano estão encerradas. Estou passada. Um ano inteito pensando nisso, treinando... me acostumando com a possibilidade... e... nada! Bem, eu sei que fui negligente de procurar só agora me inscrever. Hoje mesmo na academia tinham me dito que hoje era o último dia! Eu não sabia que era tão rápido! e não vi nenhuma, nenhuma propaganda a respeito... nem outdoor...nada.
Bem, estou me sentido péssima.
Apesar de achar que eu ia penar - pois tenho corrido pouco... o prazo passou e eu nem vi. Nem sabia de nada. Igual marido traído. O último a saber. Me resta tentar ir sem inscrição... ou tentar no próximo ano.
Mas vou pensar nisso depois.
Ainda estou sob o efeito surpresa. E confusa. Me sentindo mal... como pude deixar passar?
tsc tsc

por esta não esperava...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Quase

Estou ausente daqui. Mas não é só daqui. Estou ausente de muitas outras coisas que amo - como ficar mais com meu filhote, dar atenção aos amigos e à família e correr! O trabalho me consome. Na verdade, a minha cabeça me deixa ocupada... E tempo livre é dedicado aos treinos na academia. Final de ano é assim mesmo...

Segue texto para reflexão...

"Ainda pior que a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me intristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escapam pelos dedos, nas chances que se perde por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa mania maldita de viver o outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna, ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta de coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-iris seria em tons cinza. Não que a fé mova montanhas, nem todas as estrelas estão ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. O medo não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Pros erros há perdão; pros fracassos há chance; pros amores impossíveis tempo. De nada adianta cercar um coração vaziom ou economizar a alma. Um romance cujo o fim é instantâneo e indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode e que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais tempo realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Luiz Fernando Veríssimo