quarta-feira, novembro 28, 2007

Perdas e Ganhos

Para mim, amizade é igual amor. Deve ser cultivado sempre. Eu tenho pensando muito nisso e fico, muitas vezes, triste em ver que algumas pessoas foram embora da minha vida - sem mais nem menos. Não as culpo. E nem a mim. Algumas amizades foram frutos dos trabalhos que tive - afinal era uma convivência diária. Por isso, aquelas pessoas que estavam a minha volta se tornaram amigas por estarmos ali todos os dias, batalhando por algo, dividindo tarefas... Mas, quando o trabalho acaba, a amizade parece tb chegar ao fim. Então, na realidade, foram apenas colegas e não amigos. Outras amizades vem por questões sociais, são amigos do marido ou pais de amigos do filho. Ficam um tempo em nossa vida e depois, cada um segue seu caminho, desaparece... de umas sinto muita falta. De outras, nem tanto. Mas a questão é que existe uma perda. E perder, seja lá o que for, não é bom. A palavra já é triste: perder. Este ano foi difícil para mim neste aspecto de relacionamentos. E tive perdas de familiares. São emoções que todos os dias tocam meu coração. Sempre penso nas pessoas que estiveram comigo e se foram - seja lá por qual motivo. Morte, separação, trabalho fora do país, confusões, desentendimentos... ai, teve de tudo. Mas o que me faz escrever é poder desabafar. Tenho vontade de procurar alguns e tentar retomar as ligações de antes... mas vale pena? Será que não é pedir muito de mim mesma? Não sou orgulhosa ou algo parecido para NUNCA MAIS querer ver ou DESAPARECER no mundo. Mas tenho um pouco de vergonha na cara. Sei que nada fiz para situação estar assim como está... conversar resolve? Ou só vamos cutucar mais as feridas? Sei lá... me parece tudo estranho e distante. Tenho medo de dar o primeiro passo. Mas para com aqueles que realmente sinto falta... quem sabe? De qualquer forma, posso até dar o primeiro passo... mas e o segundo, quem vai dar?
Por outro lado, ganhei amizades que parecem de anos!! Enfim, as pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo. E pelo visto, só aquelas que importam mesmo, é que permanecem.