quarta-feira, março 02, 2011

Há momentos...

"Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."
(Clarice Lispector)

Momentos mágicos e inesquecíveis com meu amorzão em Sto Antônio do Pinhal:









quarta-feira, janeiro 19, 2011

"tudo vale a pena...

... quando a alma não é pequena" (Fernando Pessoa)

"As feridas da alma são curadas com carinho, paz e atenção"
(Machado de Assis)

"Quem planta expectativas, colhe decepções"

"Paciência e tempo dão mais resultado que força e raiva"
(Jean de La Fontaine)

"Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos" (Paulo Coelho)

"A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira"
(Léon Tolstoi)

"É melhor estar triste com amor, do que alegre sem ele"
(Johann Goethe)

"Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria"
(Khalil Gibran)

"Também temos saudade do que não existiu e dói bastante"
(Drummond)

"A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo" (Fernando Pessoa)

"Tenho pensamentos, que se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens" (F. Pessoa)

terça-feira, janeiro 11, 2011

Um dia você aprende...



Estou passando por um momento de auto-reflexão. Nada melhor que o início do ano... E isso não significa que estou arrependida e nem triste pelas minhas decisões. Mas posso lhe dizer que estou pensativa.... Não pretendia magoar ninguém e muito menos deixar pessoas feridas com minha mudança de vida. Mas a vida é assim mesmo: a gente aprende no erro. A gente aprende acertando. Enfim, a gente só aprende vivendo. Não quero piedade. Quero apenas respeito e compreensão dos outros. De mim, quero me perdoar... não vai ser fácil e nem rápido. Me cobro muito. Mas vou tentar ser uma pessoa melhor... e vou lutar pela minha paz interior. Este texto abaixo fez eu me sentir bem. Divido com vocês.

"Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Que venha 2011!!

"Concedei-me, Senhor
A serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
Coragem para modificar aquelas que posso;
e Sabedoria para conhecer a diferença entre elas"

Eu li este texto a primeira vez quando era adolescente, em um papel grudado na geladeira da casa de uma grande amiga da minha mãe, que durante muito tempo adotei como madrinha e que hoje está ao lado de Papai do Céu. Esta frase sempre ficou na minha cabeça. Eu ficava me perguntando se saberia, dentro de mim mesma, quando deveria e poderia modificar algo. E principalmente, se teria coragem para fazê-lo. Mudar não é uma coisa fácil. Seja mudar de trabalho, de casa, de vida... neste ano, que está acabando, eu decidi mudar. Baseada apenas no que achava que não estava mais dando certo, eu decidi que deveria tentar uma vida diferente e nova. Tomada de uma coragem extra-Márcia, eu optei por terminar um casamento de 13 anos. Muitos devem estar se perguntando quais os motivos. Mas eu acho que isso não importa. Não preciso lavar roupa suja fora de casa. Só quem estava ao meu lado, de verdade, sabe o que acontecia dentro de mim. A minha mudança foi interna, eu já disse isso aqui. Acabou o amor, acabou a vontade de sonhar junto. E isso não faz com que eu não tenha respeito e consideração por quem viveu ao meu lado. Pelo contrário, acho que foi estes sentimentos que me fizeram tomar uma atitude. De que adiantaria estar casada e infeliz? De que adiantaria levar adiante um sonho, que não era mais o meu? Sei que fiz muitas pessoas sofrerem, muitas sem entender e outras tanta decepcionadas. Mas eu também não entendi muitas coisas, estou decepcionada com outras e sofro. Sofro muito. Eu tive a sabedoria de entender o que poderia ser modificado, mas isso não significa que não há sofrimento. Tenho uma grande dor no peito. Principalmente de ter que ficar longe do meu filho, que por toda vida dele até agora, esteve ao meu lado. Se por um lado, eu perco a presença dele, por outro, ele ganha uma relação mais próxima do pai. E se isso é pela felicidade deles, eu fico aqui, lambendo a minha ferida, que só o tempo vai curar.
Por isso e por tantas outros acontecimentos, sei que 2011 será um ano de apaziguar toda esta reviravolta, acalmar os sentimentos, aceitar o que não pode ser mudado.
Será um ano de consolidação da minha mudança, em busca da minha felicidade.
Quero ouvir coisas que sempre desejei ouvir, falar frases que sempre desejei repetir,
seguir caminhos que desejo trilhar, viver emoções que sempre quis e sonhar com o que há de melhor para mim.
Que Deus continue a me dar sabedoria e coragem. Como disse uma amiga que adoro, o mundo é para os fortes. E diante de tudo, posso lhe dizer, sou forte.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Poesia

Uma música (de Jarbas Agnelli) nasceu de uma inspiração, que por sua vez, brotou de uma foto (do queridíssimo Paulo Pinto).

"É possível ver poesia em qualquer lugar, depende só do jeito que a gente olha ... é possível realizar isso, depende da gente ter alguma iniciativa ... "


Veja a história:


(para ver melhor: http://www.youtube.com/watch?v=7VxZZzxEzXA&feature=player_embedded)

Veja de novo o resultado:


(para ver melhor: http://www.youtube.com/watch?v=LoM4ZZJ2UrM&feature=related)

E você, onde busca sua poesia?

terça-feira, novembro 16, 2010

Incomodados

A mudança não é algo fácil. Dói. É preciso coragem e força. E muitas pessoas não entendem e nem encaram bem as mudanças. Não é meu caso. A mudança para mim é sinal de crescimento interior.
O que me deixa triste são pessoas que preferem ficar criando monstros ou desculpas por uma decisão ou escolha minha. Não preciso de muleta. Sei correr atrás do que quero, sozinha...
E como é mais fácil atacar do que permitir... muitas pessoas preferem achar que há algo forçando a mudança. A minha mudança é interna. Decidi ser feliz. Seria mais fácil ficar onde estou, continuar com tudo do mesmo jeito... Mas tenho coragem e força para MUDAR.
Meus amigos, de verdade, já me ouviram e apóiam a minha decisão e estão comigo, sejá lá como for... são aquelas pessoas que estão comigo incondicionalmente... e me dão ânimo para continuar adiante. E para aqueles que questionam, indagam e ficando achando coisas do além - sem ao menos me ouvir... desculpe, mas os incomodados que se mudem. É muito fácil julgar, atirar pedras quando não se vive uma situação... "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", já dizia Caetano. E você, tem certeza que já tentou todos os caminhos para sua felicidade? Vc se permite tomar as rédeas da sua vida?
A vida, gente, é para ser vivida com muito amor. Todo mundo veio aqui pra ser feliz. E quando não há mais felicidade, é preciso mesmo correr atrás de TUDO ou NADA. Eu quero o TUDO.
Quero deixar o passado pra trás, sem ter que esquecê-lo, pois faz parte de mim e da minha história. Mas quero sim construir um novo futuro. Sem ilusões.O amor que tenho dentro de mim é imenso e é por mim. Sem julgamentos. Sem permissões...

Se você tem dúvidas sobre alguma coisa a meu respeito, me procure. Não julgue. Não atire pedras. Terei o maior prazer de lhe dizer o que se passa em mim, mas só se você realmente se importar comigo. Se não, vá viver sua vida e me deixe viver a minha.

"Quando seguir pelo caminho da vida, você verá um grande abismo. PULE. Ele não é tão grande quanto você pensa." (Joseph Campbell)

sábado, novembro 13, 2010

Opostos

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".

...

"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata"

(textos de Clarice Lispector)

E minha vida segue... o momento é intenso e ao mesmo tempo delicado. Enquanto um terremoto balança o meu ser, um vento traz paz e alegrias ao meu coração. Como posso perder, se minha escolha foi ganhar? O amor é capaz de milagres. Em mim, sinto um furacão querendo ganhar vida. Mas ao mesmo tempo, a serenidade pode ser necessária. Quero ir, viver, amar... O futuro me promete ser feliz... então, por que fugir? Quero sim ser feliz. E nada haverá de me impedir.

domingo, novembro 07, 2010

Se todos fossem iguais a você

Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor
A tua vida
É uma linda canção de amor
Abre teus braços e canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz
Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol, como a flor, como a luz
Amar sem mentir, nem sofrer

Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você
(Vinicius de Moraes)

... a vida não é nenhum conto de fadas, mas existem momentos únicos, que são transformados em magia.

segunda-feira, setembro 20, 2010

A história de um encontro

Ele - Bom dia, que bom te ver logo cedo... Me dá um beijo?
Ela - Não, só dou um beijo de amiga, no rosto. Eu não tenho mais nada com você.
Ele - Quem disse?
Ela – Eu! Eu que decido o que quero e o que não quero. E não quero mais você.
Ele - Ninguém me avisou. Nem você.
Ela - Aliás, a gente nunca teve nada. Então, não tem como continuar algo que não existe.
Ele - Mas, então se a gente não tinha nada e continuamos a ter nada, me dá um beijo igual aquele de quando a gente nada tinha?
Ela - Safado, você entendeu, não quero mais nada.
Ele - Eu é que não estou entendo nada. Você me queria até semana passada e agora, nada?
Ela - É, mulheres mudam de idéia constantemente. E agora não quero mais você.
Ele - Mas eu ainda quero você. E agora?
Ela - E agora? Nada! Não tenho que fazer e nem o que falar.
Ele - Eu não aceito. Quero continuar com o nosso nada, mas o nada de antes e não este que você está me apresentando agora.
Ela - Qual parte de que não temos nada mais você não entendeu? Quer que eu faça um desenho?
Ele - Só se for um desenho bonito, igual ao nosso nada da semana passada...
Ela - Engraçadinho, agora chega, nada é nada!
Ele - Se nada é nada, me dá um beijo por nada?
Ela - Para com isso, não quero mais nada!
Ele - Então, vamos continuar com o nosso nada... tão especial, tão gostoso...
Ela - humpf!
Ele - Vem cá, vem... (e ele estica o braço para virar o rosto dela).
Ela - Não quero mais nada, me deixa vai, assim vai ser melhor para nós dois...
Ele - Para mim, não! Quero continuar... (e ele vai chegando perto dela)

Pausa

Ela vê o rosto dele, procura olhar nos olhos, sente o cheiro da pasta de dente, fica tensa... o cheiro do perfume... E pensa: “será que não quero mais nada?”.
E ele continua, passa as mãos com carinho no cabelo dela e aos poucos vai puxando ela para perto, agarrando na nuca, com a mão forte.

Ela – Se eu te beijar, pela última vez, você aceita que não temos mais nada?
Ele – Sim, claro. Não temos mais nada, aliás, nunca tivemos... mas estou louco para te beijar, é mais forte que eu...

E os lábios se encontram e festejam o encontro... do nada...

Ela (entre beijos e abraços) – Lembre-se, tá... não temos nada.
Ele – Deixa tudo e o nada para lá e vem aqui...

E se amaram, horas, horas e horas... por nada.

domingo, setembro 05, 2010

Viver, viver e viver

“A vida não pode ser um hábito”. Li esta frase em uma das crônicas de Martha Medeiros, que aliás, estou viciada -já li 3 livros dela em pouco tempo. Vamos pensar um pouco sobre isso? A questão é a profundidade desta frase (que não é da Martha, e sim de outro autor, mas que no momento, não me lembro).
Todos nós temos uma rotina de vida, algumas mais encantadoras que as outras. Mas dizer que a vida não se torna uma repetição de cenas, é mentira. Todos os dias fazemos as mesmas coisas e são obrigações ou opções, mas se tornam o mais do mesmo. Até na hora do banho, o sabonete teima em pegar o mesmo caminho. O interessante é dentro da mesmice, a gente renovar. Complicado, não? É sim, e se não se fosse, não teria graça. Todos lutamos por uma vida boa, com conforto, com saúde e para isso, trabalhamos para pagar contas e cuidamos de nosso corpo. Mas que tal fazer as coisas com entusiasmo, tornar o igual, diferente? Acorde com bom humor, olhe-se no espelho e diga o quanto se ama. Tome café da manhã sentado e outro dia, de pé. Pegue caminhos diferentes para trabalhar e não se preocupe apenas com o trânsito, olhe as árvores, procure pássaros, distribua sorrisos. Faça o seu melhor trabalho, se dedique, seja educado, cumprimente a todos, inclusive o porteiro, a faxineira, a moça do cafezinho. Pergunte para eles se a vida vai bem. E escute, mesmo se for lamentos. Isso fará diferença. Na hora de malhar, sorria, faça com gosto, procure o seu melhor desempenho. Cuide do seu filho com amor, brinque, sente, role no chão. Conte piadas. Com seu amor, procure ir além do trivial, ofereça um banquete inteiro e não apenas o arroz com feijão. Reze antes de dormir. E descanse com os anjos. Medite. Se indague e responda. Fale com você, com as plantas, com os animais. A vida pode ser muito mais legal do que se imagina. Os problemas sempre aparecerão - menores e maiores. Mas fazem parte desta jornada. E dão um gosto diferente ao sabor deste prato. Pode ser amargo e virar doce, mas o importante é experimentar. Se doe - para quem ama de verdade. Não perca tempo com ignorantes e mesquinhos. Eles não acrescentam nada ao nosso arquivo pessoal. Encontre seus amigos, nem que seja virtualmente. Escreva um e-mail ou telefone, diga o quanto são importantes e que apenas a existência deles já basta. Fale com um menino de rua, diga que a escola o espera, ansiosa. E que a vida dele pode ser muito mais do que aquilo. Esteja atento para ajudar as pessoas. Sempre tem alguém precisando de uma mão ou de um ombro amigo. E seja justo. A injustiça traz pesadelos terríveis, assim como a ingratidão. Sorria sempre que possível. Diga bom dia, boa tarde, boa noite.
Tenha certeza que se você buscar tornar os seus momentos mais agradáveis, com alegria e amor, a vida será melhor. Viver não é fácil. Nunca foi e nunca será. Mas você tem as armas para tornar este caminho mais leve. Seus pensamentos serão convidados a ir, com direito a primeira classe, ao paraíso do otimismo. Seja feliz. Todos os dias, minutos, segundos. Boa vida para todos nós!!

segunda-feira, agosto 23, 2010

Flores

A vida não anda muito florida para mim, mas para alegrar minha alma, os jardins de minhas casas, me enchem os olhos de beleza... que maravilhas! A natureza é mesmo algo deslumbrante...





quarta-feira, julho 21, 2010

Cuidando do meu próprio jardim: minha alma

Você já tentou viver seus dias sem pensar no amanhã? É dificil, complicado, eu sei. Todos nós fazemos planos e contamos com um novo nascer do sol para viver. Mas tente, pelo menos por uns dias, vivê-los como se não houvesse amanhã. Acredito que esta atitude pode não ser boa pro mundo se todos resolvessem fazê-la - já imaginou quantas pessoas deixariam de trabalhar, de produzir, para se divertir ou se atirar em uma paixão proibida? Então, não vamos semear este pensamento. Vamos tentar exercitá-lo em silêncio. Não é preciso deixar de fazer as suas obrigações para se viver intensamente. Porque o que vale nesta vida não são apenas as nossas ações, mas também o que sentimos. Você já tentou ir a algum lugar desconhecido, sem sair do lugar? É claro que é necessário um mínimo de imaginação, mas se vc não consegue sozinho, basta abrir um livro e se deixar levar aos vários lugares que as páginas podem proporcionar... com um pouco de esforço, você poderá sentir e até ver o que é descrito em cada palavra de uma linda história. Mas o que quero dizer é que é possível viver os dias, intensamente, dentro de nós mesmos. Não é preciso fazer loucuras para isso. Eu, por exemplo, ganho o dia com um sorriso de um desconhecido. Não por um olhar de admiração da minha beleza, mas por um gesto de gratidão ou carinho... Vamos unir mais e mais os nossos pensamentos com as nossas emoções. Você já parou para pensar no poder que isso pode ter em nossas vidas? Eu estou tentando e confesso, não é fácil. Mas estou olhando para dentro de mim e descobrindo coisas incríveis. Eu sou muito mais do que você é capaz de olhar... vai além do meu corpo, rosto e olhos... trata-se da minha alma. E eu quero, sempre, alimentá-la com o melhor do mundo: o amor. E é isso, isso mesmo, o AMOR, que me faz criar, recriar, me encontrar, me perceber, me faz agir, permitir, salvar... e AMAR.
Eu fiz 36 anos e ainda tenho muito a amadurecer. Busco me tornar uma pessoa cada vez melhor para todos a minha volta e principalmente para mim mesma. Quando for lembrada, quero ser percebida não pelo que fiz, mas pelas emoções que deixei em cada coração.
E para isso, preciso, me querer bem... não adianta eu cuidar da alimentação ou do meu corpo, se minha alma não tiver bem. E por isso, prometo para mim, que vou olhar em meu interior e cuidar das minhas emoções, para que meus pensamentos possam sempre ser consequências do que sinto e assim, com fé, amor e ação, se tornar realidade.

quarta-feira, junho 23, 2010

Miss Imperfeita

Recebi este texto por e-mail e adorei!!

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante"

texto de Martha Medeiros - Jornalista e escritora

segunda-feira, março 29, 2010

Ser Atleta

Eu li esta texto no blog do meu médico, Paulo Muzy http://superperformance.blogspot.com/.
Ele é um encanto de pessoa e um profissional altamente qualificado e dedicado. Vale a pena ler. Eu me identifiquei muito...

"Ser atleta é um estado dinâmico, você nunca é atleta – você está sendo um
atleta, ou não… É exercer a ação necessária para atingir seus objetivos, em
detrimento a simplesmente se vestir com títulos do passado ou promessas de
glórias vindas mais da soberba do que do empenho. Quem é não precisa falar: aparenta
e se comporta como. Você é atleta na forma que treina, na forma que come, na
forma que dá importância para estas coisas e inclusive na forma que fala
para as pessoas daquilo que você faz. Ser atleta é falar com paixão do que
faz, nunca como um sofrimento. É falar com felicidade por ter alcançado um
determinado estado de compreensão daquele espírito de poder se exercer
independente da dificuldade.

O atleta compete contra ele, nunca contra os outros, porque a vitória é uma
questão de mérito e não de culpa de quem perdeu, mas é responsabilidade do atleta
se ele não atingiu o máximo de si. Atleta compete contra o cansaço, contra a fome,
contra a frivolidade, contra o desanimo e as vezes contra o desamparo.

Ele chama o fator genético de sorte, porque sabe que um atleta tem de ter é
vontade. (ainda que saiba que a genética é um adversário duro, mas ainda assim, é apenas mais um). E dentro do que um atleta deve ter, cada dia, cada treino, cada batalha
tem seu segredo: 50% de força, 10% de velocidade, 20% de foco e o resto é
vontade, mas as vezes é 50% de dor, 30% de fibra e 20% de compromisso, e
ainda que pareça pouco ou muito, ainda faltam coração, mente, controle,
calma, fúria, insistência, apoio e amor incondicional de quem suporta seu
coração para que ele possa manter seu corpo forte e sua cabeça erguida.

Treinamos para o ano mas queremos o resultado para ontem, portanto
escolhemos o que nos satisfaz: força é imediata, resistência aeróbia é
rápida, resistência anaeróbia é ganha em questão de semanas e a aparência
vem de acordo com a sua capacidade de aumentar sua carga de trabalho com o
mínimo possível de energia consumida reservando o máximo de energia em forma
de músculos. Não pense na forma sem trabalhar a função: o atleta sabe que
vai parecer com aquilo que faz, e que quando parecer que tem força para
carregar o mundo nas costas, muito provavelmente estará quase lá. A chave
são os meios, se comprometa com o processo que o resultado vem, sempre.

O compromisso é solitário, mas o treinamento de boa qualidade não deve ser.
Quem decide por este estilo de vida, o dos resultados, deve tentar seu
máximo, e para fazer isso precisa de ajuda. Ajuda dos amigos que te apóiam
com sua admiração, de seus colegas de treino com suas assistências e a ajuda
de seus treinadores, sempre orientando e guiando e ajustando e até fazendo
força junto para que o máximo sempre seja atingido.

Ser atleta não é para quem quer viver do esporte ou para quem quer viver
para o esporte. Ser atleta é para quem tem o esporte no coração e sabe que
faz parte da higiene do seu corpo tal qual escovar os dentes e que da mesma
forma sabe apreciar o bem-estar que o esporte proporciona. Ser atleta também
não é carregar pesos ou marcas homéricas, é decidir quebrar seus próprios
limites, independente do tamanho que eles são, porque o esforço é particular
a cada um, portanto vitória também. Ser atleta não é carregar uma medalha no
peito, é carregar as pessoas que estão ao seu lado no peito e a vitória na
mente, porque quem ganhou sabe que é vencedor e não precisa de símbolos para
lembrar. Vitória é sentimento, não é texto, marca, insígnia, símbolo ou
metal. Vitória real é a satisfação de superar seus medos e suas limitações.
Vitória é enfrentar você antes do outro, é tentar antes de desistir e nunca
desistir antes de tentar. Vitória é uma atitude. Ser atleta é um estilo de
vida…

Quem disse que você não é?"

texto de Dr. Paulo Muzy - médico formado pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo, Ortopedista e Traumatologista por formação tradicional e especialista em Artroscopia e Traumatologia Esportiva, Fisiologia do Exercício, Biomecânica Aplicada ao Exercício Físico e Treinamento Desportivo.

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Rápidas

- Carnaval maravilhoso, com muito sol (e calor!!!) e boa companhia, em Ilhabela.
- Mas tivemos visitantes inesperados: 5 filhotes de cobra (Jararaca) e um papagaio, que foi tomar banho na piscina e ficou por lá... enfeitando meu jardim...
- Só um porém: "Será que ela não gosta mais de mim? Mais eu gosto dela mesmo assim... que pena, que pena".
- Uma amizade acaba do nada?
- Tem razões que o coração desconhece...
- Preciso dar um jeito de arrumar algumas gavetas no meu armário interno...
- Nas ruas de SP, a lição.
De uma vaca da Cow Parade: "O tempo cura tudo"
ou dos poemas no metrô: "Porque é tamanha bem aventurança, o dar-vos quanto tenho e quanto posso que quanto mais vos pago, mais vos devo"
(Camões)

sábado, janeiro 23, 2010

Preciosa

Aproveitei o sábado de descanso para visitar a minha avó Geralda. E diferente das minhas expectativas, foi um dia espetacular. Dona Geralda tem 87 anos. Vive agarrada em um rodo, que é atualmente seu companheiro e apoio. As pernas bambas, por conta da idade, vez ou outra falham e graças ao rodo, ela não se esborracha no chão. Por duas vezes a vi fazendo carinho no acessório de limpeza. Um afago e um abraço.
Aproveitei que ela estava com bom humor para lembrar da época em que eu ia naquela casa quando criança. Um parênteses sobre a casa... (A casa da minha avó não é grande, mas quando eu era criança, na minha memória, me lembro de todos os espaços imensos... será que ccresci tanto assim para ocupar o espaço que antes achava gigante?). Falamos sobre a caixa de bis que me aguardava toda visita (para mim e pro meus irmãos), sobre o pó de arroz que ela usava no rosto (tinha um pompom bem macio para passar e um cheiro muito bom, que eu passava no meu rosto, escondida...), sobre uma xícara de plástico com detalhes xadrez que ela servia café para as visitas e eu sempre amei e sobre um móvel no corredor que guardava um monte de bibelôs... foi aí que ela se lembrou que havia guardado os bibelôs. Fuçamos em algumas caixas e fomos tirando os objetos e a memória dela me supreendeu. Ela se lembrava da onde tinha vindo cada um deles. Me deu alguns, que já estão guardados em lugares especiais aqui em casa. A minha avó é uma mulher muito organizada. Tem tudo guardadinho e sabe onde está tudo. As panelas são guardadas dentro de sacos plásticos, para que insetos indesejáveis não fiquem andando nos utensílios. Eu herdei dela a mania de deixar a pia seca. Odeio ver a minha pia molhada... Dona Geralda, orgulhosa, me mostrou um maço de dinheiro, que foi guardando todos os meses, para poder pagar o IPTU de uma vez só. Fiquei com inveja de tanta disciplina. Ela tb me contou que deposita dinheiro em uma poupança para os 3 filhos, sendo que meu pai é um deles e tem 59 anos. Só ela mesmo...
A minha avó é como uma pedra preciosa e rara. Tem um jeito que é só dela. É admirada por alguns e nem tanto por outros... Conviver com ela não é fácil (me contou que a senhora que dorme lá, diz que ela é "enjoada"... kkk), mas momentos de lembranças e união, como o de hoje, fazem muito bem a ela e para mim.

Tia Lúcia, Vó Geralda e papai

domingo, dezembro 27, 2009

Comer, Rezar, Amar

* Acabei de ler este livro. Escrito por Elizabeth Gilbert, uma jornalista norte-americana que dedica um ano da vida a viajar pelo mundo, em buscar de comer, rezar e amar. Este é um resumo muito simples do que aconteceu com ela. Na realidade, Liz (já me sinto intima) vai em busca dela mesma, da espiritualidade, do prazer... Todas mulheres deveriam ler este livro para sentir, junto com Liz, a delícia de comer tudo o que tiver vontade na Itália (e claro, engordar 10 kg, mas 10kg de felicidade gastronômica), de ir em busca do próprio eu - em uma viagem a um Ashram na Índia, com muitas horas dedicadas a meditação... e uma maravilhosa viagem a Indonésia, em busca de prazer e amor, onde ela conhece amigos incríveis e se envolve com um brasileiro (hummm...). Trata-se de um livro que resgata a auto-estima da mulher. Nos faz sentir que podemos nos amar, seja em qualquer lugar, não importa com quem e como somos. A idéia de sair em busca de um mundo novo foi a partir de uma dor muito grande, consequência de um casamento falido e uma tentativa de amor frustrada. Mas vale a pena ler e curtir cada palavra (bem escrita) desta parte da vida de Liz. E de ver como a liberdade e o cuidado com o nosso lado espiritual nos fazem bem e nos trazem equilíbrio.
Então, se vc quer uma dica minha, leia Comer, Rezar, Amar e se entregue as maravilhas da viagem de Liz...

* Hoje, quando acordei para dizer bom dia ao sol e ao mar, em Ilhabela, um lindo tucano colorido, com bico verde, veio alegrar minhas visão. Acho que foi uma bom começo para um dia de final de ano...

* Só para registro: acabei de ler um e comecei outro... me rendo agora ao mundo dos vampiros, em Eclipse, o terceiro livro da série Crepúsculo... muito bom...

* Assim como Liz, estou tentando buscar a minha espiritualidade. Tenho rezado muito para que Deus abra meu caminho e ilumine meus passos. Tento passar este final de ano feliz, tranqüila e em paz comigo mesma. Mas sinto que ainda tenho alguns fantasmas rondando meus pensamentos... aos poucos, vou desvendando um a um e os convido a entrarem no meu coração. Digo-lhes que os amo, que fazem parte da minha história, mas que parem de atormentar esta cabecinha sonhadora...

* E se não passar mais por aqui nos próximos dias, quero nos desejar um 2010 repleto de alegrias, saúde e união em família. Isso basta, certo?

:)

domingo, outubro 25, 2009

Carta ao blog

Querido blog,

Nossa, faz tempo que não passo por aqui. Não é falta de tempo, mas sim de vontade. Agora, com twitter, vixe... coitado de você. O mini blog tomou conta de mim. Não passo um dia sem ler os posts de todos que sigo. E escrevo sempre que dá vontade - quase todo dia! O melhor é que consigo postar até do meu Blackberry - mas ok, assumo que nunca nem tentei postar em você pelo celular..
Mas hoje, assim, de repente, senti vontade de passar por aqui e ler antigos posts. E não é que me deparei com coisas muito legais, textos bacanas e registros de momentos importantes na minha vida?? Você guarda coisas muito boas. Pelo menos para mim.
Não prometo mais assiduidade em escrever aqui, mesmo por que, não estou conseguindo nem cumprir com os compromissos assumidos comigo mesma, então ficaria difícil. Mas voltarei, vez ou outra, para escrever ou para ler. Saiba que mesmo sendo trocado, tenho ótimas recordações das horas passadas aqui. E você faz parte da minha vida, da minha história. Quem quiser me conhecer melhor, basta perder alguns minutos aqui e já conhece muito de mim.
Bem, querido amigo e companheiro, saiba que quando precisar de você, pode ter certeza que aqui passarei.
Fica com Deus. Um beijo no coração (onde?).
Márcia

quarta-feira, setembro 23, 2009

Doação de Órgãos III

Nesta terceira e última parte das matérias sobre Doação de Órgaõs, conheça a APAT (Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante), que nasceu do amor do Dr. Tércio Genzini com a profissão e os pacientes que passaram pela casa - a espera de um transplante ou em tratamento. Fui recebida lá, numa tarde de frio em São Paulo, no mês de junho. Todos foram muito simpáticos comigo. Vale a pena ler e conhecer estas histórias de amor e superação. Boa leitura!!

Dedicação total a profissão
Por Márcia Moreno Placa


O médico cirurgião do aparelho digestivo, Tércio Genzini é um profissional dedicado ao transplante de órgãos. Quando ainda cursava a faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), ele participou de um grupo de acadêmicos, liderado pelo professor Alfredo Inácio Fiorelli, que iniciou a captação de órgãos em São Paulo. O grupo se reunia no Instituto do Coração com a intenção de procurar por pacientes com morte encefálica nas UTI´s dos hospitais da cidade para captar órgão e assim podiam realizar transplantes e salvar vidas. “Tive sorte de fazer parte deste grupo”, diz. Foi assim que nasceu o amor entre o médico e o transplante de órgãos. “É uma relação de casamento, onde o namoro foi na faculdade e a paixão veio com o início das atividades”, conta. Ele disse que é muito gratificante fazer um transplante e ver o paciente ficar bom. “É muito bom ver um paciente desfrutar de qualidade de vida, após o transplante”, diz. Dr. Tércio também afirma que a relação entre o paciente e o médico fica muito próxima. “O transplantado cria um vínculo eterno com o seu transplantador”. Deste amor pela profissão, nasceu a APAT (Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante), uma organização sem fins lucrativos que tem uma casa de apoio para ajudar pessoas que moram fora do Estado de São Paulo a se tratarem na capital paulista. “Oferecemos moradia, assistência psicológica, médica, terapia ocupacional e remédios para pessoas doentes do fígado, rins e pâncreas que necessitam de tratamento ou transplante”, conta. A maioria das pessoas vem da região Norte do Brasil, como o Estado do Acre, que é um dos mantenedores da casa. Outra parte da renda da APAT vem da Hepato, um grupo médico especializado no estudo e tratamento clínico e cirúrgico de doenças do fígado, pâncreas e e demais afecções do Aparelho Digestivo, da qual o dr. Tércio faz parte. Outra parte da renda da casa vem de mantenedores, pessoas físicas ou empresas que ajudam com dinheiro, roupa, produtos de higiene, alimentos e remédios. Até junho deste ano, cerca de 1000 pessoas já passaram pela APAT, desde que foi fundada, em 2003. A casa tem condições de receber 10 pacientes com 10 acompanhantes.
Dr. Tércio acredita que o assunto de doação de órgãos deve ser abordado em todas as famílias. “Com o aumento do número de transplantes no Brasil, é comum as pessoas conhecer histórias de pessoas que passaram por uma cirurgia e isso sensibiliza todos a se tornarem doadores”, diz. “É intuitivo do ser humano ser doador, afinal nós nos doamos para diversas coisas ao longo da vida, e por que não na hora de nossa morte?”, completa.
Para conhecer a APAT, basta entrar no site http://www.apat.org.br/

Dr. Tércio



Histórias comoventes de superação e amor


Luciano Ferreira Matos tem apenas 23 anos. É motorista, em Rio Branco, no Acre - mas largou o emprego e a família para ajudar o tio, Eliudo da Silva, 37 anos, também motorista. “Luciano vai me doar 60% do fígado dele”, conta Eliudo. Os dois estão em São Paulo aguardando a data da cirurgia. Eliudo teve muita sorte, pois duas pessoas da família se dispuseram a doar e foram compatíveis. “Fui mesmo abençoado, pois soube de casos em que não havia ninguém da família que fosse compatível e as minhas chances eram dobradas, já que tinha duas pessoas”, fala .
Luciano diz que não está com medo da cirurgia, só quer que aconteça logo, para conter a ansiedade. “Depois da cirurgia, vai demorar 6 meses para recuperação total e aí poderei voltar a minha vida normal”, conta. Mas não se arrepende em nenhum momento da decisão. “Não pensei duas vezes no assunto, quando meu tio disse que poderia doar parte do meu fígado à ele, na mesma hora eu disse: eu topo. Não agüentava mais vê-lo doente”, conta o sobrinho. O ato de amor de Luciano comove o tio. “Não tenho como agradecê-lo, é um sonho, pois o transplante vai me trazer uma nova vida”.

Luciano e Eliudo: família unida


O técnico em eletrônica e informática, Etevalter Pereira dos Santos, 35 anos, passou por um transplante de rim há quase 3 meses. O órgão foi doado pela irmã, Marlene Pereira Soares, cozinheira. “Se existe a possibilidade de salvar uma vida, por que não?”, diz ela.
Mas a luta de Etevalter ainda continua. Ele aguarda na fila de espera, o transplante do pâncreas. Diabético há 20 anos, Etevalter conta que sofre muito com a doença, em especial por ter rejeição a insulina. “Os médicos demoraram muito tempo para descobrir, achavam que eu não fazia a dieta direito ou que deixava de tomar os medicamentos”, conta. Ele diz que já perdeu 30% da visão e tem crises de neuropatia por causa da doença. Para controlar a diabetes, ele toma um tipo de insulina especial. Agora, com novo rim, ele conta que já se sentiu melhor no dia seguinte ao transplante. “Foi maravilhoso”, diz sorrindo, com esperanças de uma nova vida
Ele aguarda a adaptação do rim e a completa recuperação para passar pelo novo transplante. “Tenho fé de que tudo vai da certo”, diz.

Marlene e Etevalter: irmãos unidos


Há 3 anos e 8 meses, Edivan Ferreira da Silva, funcionário público, estava com os dias de vida contados. “Os médicos me disseram que ele sobreviveria por apenas 16 dias”, conta a esposa dele, Maria do Socorro Barbosa, também funcionária pública. Edivan estava internado por uma complicação das doenças do fígado, hepatite e cirrose. Em 2002 descobriu a doença e começou a fazer tratamento, em Rio Branco, no Acre, cidade natal. Em 2004 chegou a SP, com crise de encefalopatia, que era provocado pelas doenças, enquanto aguardava o transplante do fígado. Foi no período que estava internado no hospital que veio boa notícia de que Edivan poderia passar por um transplante. “Os médicos disseram para a minha esposa que eu teria apenas 3% de chances de sair vivo da cirurgia, pois estava muito debilitado”, conta, emocionado. “Eu apostei no tudo ou nada”, conta Maria do Socorro. E deu tudo certo. Após o transplante, Edivan foi melhorando a cada dia. De seis em sei s meses, ele vem a São Paulo, com a esposa, para fazer uma revisão do tratamento. “Me devolveram a vida. Posso dizer que a data do meu transplante é uma outra data de aniversário”, diz. “As pessoas devem acreditar no transplante, é uma chance de viver”.

Edivan - "Um transplante salvou minha vida"

terça-feira, setembro 22, 2009

Doação de Órgãos II

Hoje vou publicar duas histórias. A primeira é de Luciane, que foi salva graças a dois transplantes que passou. A segunda, é de Dona Dirce, que num ato de amor, dooou os órgaõs do filho. Doe órgãos! Vc pode salvar vidas!
Boa leitura!!


1)
Uma história de amor
por Márcia Moreno Placa


“Nasci de novo”. É assim que Luciane Viegas de Moraes se sente há 4 anos, quando passou por um transplante de pâncreas e rim. Ela ainda se recorda com detalhes todos os momentos que passou até chegar ali. A diabetes foi diagnosticada aos 12 anos, logo depois da festa de aniversário, quando comeu muitos doces e passou mal. “Descobriram que a minha glicemia estava alta e tive que começar a tomar insulina duas vezes ao dia”, lembra. Aos 15 anos, teve um coma diabético. “Era adolescente, não conseguia aliar a minha vida com os cuidados de um diabético”. A vida seguiu com atenção voltada à saúde. Aos 23 anos, ela engravidou do primeiro filho, Victor Hugo, hoje com 16 anos. “Era uma gestação de risco, mas não trouxe conseqüências para o meu organismo, continuava a controlar a diabetes com insulina”. Na mesma época em que se separou do primeiro marido, Luciane conheceu a Igreja Bola de Neve, da qual é hoje pastora nas filiais de 3 cidades: Jundiaí, onde mora, Franco da Rocha e Francisco Morato. “Foi um encontro maravilhoso em minha vida. A minha fé me ajudou muito”. Foi lá que conheceu o atual marido, Nilson, que também é pastor e foi um grande aliado na luta dela contra a doença. “Ele é um companheiro maravilhoso, me amou nos momentos mais difíceis da minha vida”. Deste amor, nasceu Rebecca. “Como eu já estava 15 anos diabética quando engravidei da Rebecca, tive muitas complicações”. No 5º mês de gestação, o rim de Luciane paralisou e ela teve 3 edemas de pulmão. “Foi muito difícil, passei grande parte da gestação no hospital”, conta. Com 6 meses de gravidez, os médicos optaram por fazer o parto. “Foi feita a vontade de Deus”. Rebecca nasceu com 1kg 100gr, ficou no hospital por 42 dias e foi para casa com 1kg750gr. “Ela era tão pequenininha que nenhuma roupa cabia. Mas hoje é uma menina linda, inteligente e saudável. É a prova do meu milagre”.

Por conta da paralisação dos rins, Luciane teve que iniciar hemodiálise. “Foram dois anos e 2 meses de diálise, um período terrível”, diz. Neste tempo, Luciane fazia o tratamento 3 vezes na semana. “Eu passava muito mal”, recorda-se. Mas foi nesta época que ela conseguiu se inscrever na lista de espera por um transplante. “Numa noite recebi um telefonema que veio salvar minha vida. Era um médico, do Einstein, que me perguntou se eu estava bem e que era para eu ir até lá, pois havia uma chance de eu ser transplantada”. Depois de vários exames e algumas horas tensas de espera, veio a boa notícia: tudo tinha dado certo. “Foram 9 horas de cirurgia, fiquei 15 dias no hospital, com melhor tratamento possível, sem gastar nada”, diz. Luciane lembra que teve que iniciar outros cuidados no dia-a-dia e toma remédios diariamente para evitar a rejeição dos órgãos. “Mas valeu muito a pena. Eu oro muito pela família da pessoa que me doou os órgãos. Foi uma vida que se foi, mas que me deu uma nova vida”. A vida de Luciane hoje é de uma pessoa saudável – com o adicional de ter muito amor e carinho da família e das pessoas que convivem com ela na Igreja. “Gostaria de encorajar as pessoas que estão na fila de espera por um transplante. Temos que acreditar que tudo vai dar certo, para ter a oportunidade de começar a vida do zero”.

Luciane com marido e o filho

Rebeca, a filha


2)

Transformando a dor em amor
por Márcia Moreno Placa


Pensar na perda do filho ainda dói. Dona Dirce Thomaz Fernandes se emociona ao lembrar do filho, Clóvis, que faleceu há 5 anos. “Foi muito rápido, eu não esperava”, conta. “Ele estava viajando para conhecer uma cidade no Paraná e bateu a cabeça, quando caiu, em uma lanchonete. Teve traumatismo craniano, ficou em coma e depois teve morte encefálica”, conta, com a voz triste. “Ele era maravilhoso para mim, muito trabalhador, me ajudou muito”. Clóvis morreu aos 38 anos, era solteiro, trabalhava como auditor em uma grande empresa. “Ele morou muito tempo fora do país, mas estava sempre em casa, pelo menos duas vezes por mês”, conta a mãe. No momento do diagnóstico da morte encefálica, Dona Dirce se lembra que perguntam se a família permitia a doação dos órgãos. A mãe desconhecia se era vontade ou não do filho e foi procurar saber com os amigos se eles tinham alguma informação. E amigos lhe contaram que em uma conversa, Clóvis disse que era doador. E assim foi feita a vontade dele. Dona Dirce e os quatro irmãos de Clóvis permitiram a doação de órgãos. “Não fiquei arrependida”, conta ela. Clóvis não pode doar apenas as córneas, pulmão e o coração. Todos os outros órgãos foram doados. “Fico feliz de saber que este gesto salvou vidas, neste ponto meu coração está alegre, pois ainda tem um pedacinho dele andando por aí”.