sábado, novembro 13, 2010

Opostos

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".

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"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata"

(textos de Clarice Lispector)

E minha vida segue... o momento é intenso e ao mesmo tempo delicado. Enquanto um terremoto balança o meu ser, um vento traz paz e alegrias ao meu coração. Como posso perder, se minha escolha foi ganhar? O amor é capaz de milagres. Em mim, sinto um furacão querendo ganhar vida. Mas ao mesmo tempo, a serenidade pode ser necessária. Quero ir, viver, amar... O futuro me promete ser feliz... então, por que fugir? Quero sim ser feliz. E nada haverá de me impedir.