terça-feira, setembro 04, 2007

Oca

* Dias quentes por fora e frio por dentro. Sem motivo. Sem porquê. Em meu casulo, me escondo. Nem os doces acalmam minha alma intranqüila. Nada e ninguém. Queria me olhar no espelho e ver realmente quem sou. Sigo, sem rumo. Parar, não dá. Me entregar, quem sabe. Mas reluto. Até os meus sonhos são estranhos, desagradáveis. Ao meu redor, fotos. De todos que amo. Mas... porque será que ninguém me pega no colo? Que seja uma nuvem negra passageira - fruto de hormônios desajustados... Caso contrário, terei que descobrir o remédio para tanto vazio interno.

* Ouvi esta canção com atenção e amei:

"Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
Quando amanhã por acaso faltar
Uma alegria no seu coração
Lembra do som dessas águas de lá
Faz desse rio a sua oração
Lembra, meu filho, passou, passará
Essa certeza, a ciência nos dá
Que vai chover quando o sol se cansar
Para que flores não faltem
Para que flores não faltem jamais"
(O Rio, Marisa Monte)